quinta-feira, 30 de junho de 2011

Protegido por um jornal

Apesar dos muitos perrengues enfrentados pelo protagonista do filme, o DIA DE PRETO também tem comédia. Numa das cenas, o Preto se vê obrigado a percorrer um longo caminho andando de cócoras para não ser visto por um de seus maiores algozes, o Chefe de segurança do shopping. Detalhe: ele faz isso caminhando embaixo de um jornal aberto pelo antagonista!

Inspirada declaradamente em desenhos animados como “A Pantera Cor-de-Rosa”, a cena faz uso de um humor sem diálogos, baseado na situação surreal vivida pelos personagens. Em dois dias de gravação, os personagens de Marcelo Batista e Ricardo Bonaverti (foto ao lado) tiveram de repetir várias vezes os planos, que necessitavam de uma espécie de “coreografia” sincronizada entre os movimentos dos atores, muito importante para dar o toque de verossimilhança à cena.

Na foto abaixo, o Diretor de Fotografia Gustavo Nasr comanda a câmera em cima do carrinho, no set montado num dos corredores do shopping. Começando no elevador panorâmico, a caminhada insólita passa por vários ambientes da trama, até chegar ao banheiro da sala de segurança, seguindo o Chefe e seu bizarro acompanhante oculto num dos momentos mais divertidos do filme.



quarta-feira, 29 de junho de 2011

Acendendo velas para Nossa Senhora

Para a caracterização do cruzeiro do Engenho D’Água no Século XXI foi utilizada quase uma centena de velas, dos mais variados modelos e espessuras. Numa das cenas mais emocionantes do filme DIA DE PRETO, o protagonista se depara com o fictício monumento histórico em pleno Bosque da Freguesia, como um último resquício do período colonial.


Gravada numa madrugada de inverno, com um vento frio que insistia em soprar com força, a cena requisitou uma atenção especial da equipe de arte, que precisava apagar as velas de vez em quando, para evitar que elas se consumissem rápido demais, ou provocassem um incêndio na peça de madeira, revestida apenas com uma fina camada de argamassa.


Por outro lado, a equipe de câmera também precisava se ocupar desse trabalho, uma vez que a luz emitida pelo cruzeiro influenciava na fotografia da cena, sendo necessário um ajuste ou outro no posicionamento das velas, de forma a garantir o melhor resultado estético.


Assim, para dar agilidade ao trabalho de acende-apaga, não apenas a equipe comandada pelos Diretores de Arte Claudão e Karin Kulnig, mas também o Diretor de Fotografia Gustavo Nasr e o Assistente de Direção Leandro Baseggio, e mesmo o Diretor Daniel Mattos, tiveram de dar uma mãozinha (fotos), aproveitando a ocasião para pedir a proteção da Santa ao bom andamento da produção.

Considerando a reta final do projeto e a conclusão dos trabalhos, podemos considerar que nossas preces foram atendidas.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Perseguição no terraço!


Numa das seqüências de ação do filme DIA DE PRETO, o personagem de Marcelo Batista se vê obrigado a fugir pelas escadas e corredores de serviço do shopping, até chegar ao terraço do prédio. Lá, encurralado pelo quarteto de capangas formado por Andrea Cassali, Deivid Araújo, Naiara Hawaii e Heráclito Junior (foto acima), o Preto é obrigado a tomar uma decisão radical, provocando uma grande reviravolta na trama.

As cenas, gravadas no terraço do RIOSHOPPING, foram realizadas em dois finais de semana seguidos, totalizando quatro dias de produção.

No set, o entrosamento do elenco não poderia ser melhor, intercalando a tensão da perseguição com caretas e risadas nos intervalos das gravações (foto acima).


Para garantir o clima sombrio da cena, a ambientação do terraço teve direito à máquina de fumaça, refletores de grande potência e câmeras posicionadas em locais estratégicos, alguns de acesso bem difícil. Na foto ao lado, o Diretor de Fotografia Gustavo Nasr se equilibra numa viga do terraço, preparando o enquadramento de uma tomada. Na foto abaixo, os Diretores Marcos Felipe e Daniel Mattos orientam os Capangas no alto do terraço, prontos para atacar como verdadeiros supervilões dos quadrinhos.


A maquiagem dos Capangas, realizada pela Caracterizadora Kris Kulnig (na foto abaixo com o Diretor Marcial Renato), procurava evidenciar o aspecto frio e soturno dos antagonistas, uma espécie de equipe do mal, num contraste com o visual emotivo e descontraído do solitário protagonista do filme.









Na foto abaixo, Heráclito Junior e Marcelo Batista posam fazendo cara de desafio, evidenciando essa diferença e o conflito racial que impulsiona a trama do filme DIA DE PRETO.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reciclando uma porta cenográfica

No primeiro fim de semana de gravação do filme DIA DE PRETO, realizado num dos banheiros do RIOSHOPPING, a equipe de arte precisou produzir uma porta especialmente para a locação, de forma a possibilitar a ação definida na cena, onde a tal porta tem participação decisiva. Com o cronograma apertado para o início dos trabalhos, os produtores acabaram fechando com o primeiro fornecedor cotado para o serviço. Após a realização da cena, entretanto, percebeu-se que o valor cobrado estava fora da realidade da produção, mas que pelo menos o material utilizado na confecção da porta tinha sido “de primeira”: era uma peça que poderia durar anos instalada naquele vão de banheiro, e não apenas um material cenográfico descartável.


Assim, de forma a mitigar os custos afundados na construção de uma porta classe A, os realizadores resolveram, como um desafio de produção, que ela seria aproveitada no resto do filme inteiro, onde quer que fosse necessária uma porta cenográfica. Alguns meses depois, dito e feito, estava lá a porta sendo pintada de vermelho (foto ao lado), para uso no banheiro da sala de segurança. Diluído em duas cenas, o custo da super porta começava a parecer razoável, mas ainda estava longe do padrão de otimização definido para a produção.





Somente no final da segunda etapa das filmagens, na produção do cenário que retrata uma espécie de “toca” escondida nos subterrâneos do shopping, é que o investimento numa porta de qualidade indiscutível se mostrou acertado. Afinal, após meses sendo carregada de um lado para o outro, repintada, furada e aparafusada, a porta continuava firme, pronta para mais uma cena. Assim, vestida de amarelo, e decorada com uma singela placa de “Pare” (foto ao lado), a peça cumpriu com louvor sua última missão no filme.

PS: Cinco anos após as filmagens, a porta continua inteira.

domingo, 26 de junho de 2011

Desenho de produção heterodoxo

De setembro de 2006 a outubro de 2007, a equipe do filme DIA DE PRETO se instalou no RIOSHOPPING, usando como base de produção uma das lojas cedidas pela administração, que servia ao mesmo tempo como depósito e camarim (foto acima). Se as filmagens de um longa-metragem duram em média de 5 a 6 semanas no Brasil (cada semana com 6 dias de trabalho), o longo desenho de produção do filme DIA DE PRETO se justifica pelo modelo de financiamento da obra: a maior parte do elenco e da equipe também foi investidora do filme, recebendo em contrato uma participação nos resultados comerciais do longa, em vez do tradicional cachê de produção.

Para que esse modelo fosse possível, uma vez que os profissionais teriam de continuar trabalhando em outras atividades durante a produção - e a própria operação cotidiana do shopping oferecia uma restrição de horário para a maioria das cenas (realizadas com os corredores vazios, no escuro) - a solução foi agendar as gravações para as noites e madrugadas dos fins de semana e feriados, numa rotina exaustiva, que muitas vezes exigia do elenco uma pausa para um cochilo na madrugada (como Marcelo Batista na foto acima).

Encarando com muito bom humor o desafio de uma produção heterodoxa, a equipe logo se tornou íntima de cada corredor do RIOSHOPPING. Bancos, mesas e cantinhos foram utilizados para os momentos de espera e descanso (como faz a Diretora de Arte e Figurinista Karin Kulnig acima), assim como as pausas para lanche ou para discutir uma cena e ver as fotos de making of (foto abaixo, com a Caracterizadora Kris Kulnig e os atores Marcelo Batista e Naiara Hawaii).

Ao todo, foram 60 dias de filmagem, distribuídos em cerca de 30 finais de semana em pouco mais de um ano de produção. Uma operação hercúlea, de muitos riscos, mas também de grandes prazeres. Na foto abaixo, a atriz Vanessa Galvão dá autógrafos para as crianças numa noite de gravação. O confinamento no interior do shopping, além de estratégico para garantir o ritmo de produção adequado – protegido de intempéries como a chuva – também ofereceu um clima aconchegante proporcionado pelos lojistas, seguranças e funcionários do estabelecimento, que “adotaram” a equipe do filme e pareciam se divertir bastante com aquela gente sempre cercada de refletores, cabos, câmeras e toda a parafernália de produção de um longa-metragem.

sábado, 25 de junho de 2011

A Casa Grande do Engenho D’Água

Para a reconstituição da sala principal de uma Casa Grande no século XVII (foto), a produção do filme DIA DE PRETO teve que fazer uma viagem até a pequena localidade de Ipiabas, no Vale do Paraíba, interior do Estado do Rio, entre as cidades de Barra do Piraí e Conservatória. A Fazenda São João da Prosperidade, locação da maior parte das cenas de época do filme, conserva até hoje uma arquitetura de estilo colonial, além de contar com um mobiliário bastante rico.














A equipe de arte do filme, comandada nesta fase pela Diretora de Arte e Figurinista Karin Kulnig, teve o trabalho de selecionar, entre as opções, os móveis mais adequados à ambientação, como o armário-baú de madeira rústica, acima à esquerda, além de produzir os objetos que fizeram parte da cena, como as velas escurecidas, moringas, cachimbo, o tinteiro com bico de pena e a famosa primeira carta de alforria da nossa história (em detalhe na foto acima à direita, em cima da mesa).


A maior parte das roupas do elenco no século XVII foi produzida através da reciclagem do figurino de outra obra cinematográfica brasileira, “Tiradentes” (1999), cedido gentilmente pelo Diretor Oswaldo Caldeira e pela Produtora Paula Martinez. Como as roupas do filme de Caldeira eram cerca de um século posteriores à época retratada no filme, Karin teve de adaptar as peças, alterando o corte, o desenho e eliminando detalhes, além de submetê-las a um processo de desgaste e envelhecimento. Na foto ao lado, o ator Paulo Abreu posa caracterizado como Senhor de Engenho com a atriz do elenco de apoio Ravena Kulnig (sentada) e duas participantes da figuração do filme, selecionadas na própria região.


Na foto abaixo, temos um panorama da sala da Casa Grande, que contava inclusive com uma enorme balança de arroba, enquanto o Diretor Daniel Mattos orienta Paulo na gravação de mais um plano do filme.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Torre de Papel


Numa das cenas do filme DIA DE PRETO, o personagem de Marcelo Batista se vê encurralado em um banheiro, no depósito de papel higiênico (foto), justamente na hora em que um de seus perseguidores está usando a privada, e com o rolo de papel vazio!

A cena, momento bem humorado do filme, foi gravada num estúdio montado numa das lojas do RIOSHOPPING. Concebido pelo Diretor de Arte e Cenografia Claudão (com a colaboração da Diretora de Arte e Figurinista Karin Kulnig, na foto ao lado acertando o dressing do cenário), o banheiro da sala de segurança é uma versão em caricatura da opressora sala do Chefe, fazendo um contraponto cômico à cena anterior.




Na foto acima, o Diretor de Fotografia Gustavo Nasr opera a câmera, enquanto o ator Ricardo Bonaverti, que interpreta o sádico Chefe de Segurança do shopping, se prepara para mais uma tomada.

O clima da cena acabou contagiando os bastidores, onde o Diretor Daniel Mattos se divertia desafiando a equipe num duelo de torres de papel higiênico (foto ao lado), e se arriscava numa foto-piada de gosto duvidoso, parodiando os trágicos eventos da Universidade Virginia Tech (foto abaixo).





quinta-feira, 23 de junho de 2011

Decupagem em Storyboard

A produção de um longa-metragem é um trabalho complexo, que envolve a participação de profissionais responsáveis por cada detalhe da obra que se vê na tela, como cenário, figurino, luz, texto, além de toda a parafernália de suporte à equipe: transporte, alimentação, comunicação etc.

Para que isso tudo não se transforme num caos, é preciso que todos no set saibam exatamente o que precisa ser filmado, o que aumenta o ritmo do trabalho e diminui os custos da produção.

Por isso, na fase de pré-produção, a maioria dos realizadores profissionais se utiliza de técnicas para “decupar” o filme, ou que significa transformar as cenas que estão no roteiro em imagens: os “planos” que serão captados por uma câmera e organizados posteriormente numa ilha de edição.

Uma das técnicas mais tradicionais de decupagem é o storyboard, uma espécie de história em quadrinhos com as cenas do filme, como os desenhos que ilustram essa matéria, intercaladas com as imagens correspondentes no filme.

No longa DIA DE PRETO, parte da decupagem foi produzida em vídeo, o “monstro” do filme, e parte foi realizada em storyboard pelo desenhista Paulo Oliveira, autor dos quadrinhos acima e ao lado. No primeiro dia de gravação, o filme já estava todo decupado, o que não significa que os diretores estão obrigados a seguir fielmente o planejado, como se percebe em nuances sutis de um quadro para outro.

Ao contrário, o trabalho de decupagem dá maior segurança aos realizadores, que ganham liberdade artística para improvisar e criar no momento da cena, sem comprometer o andamento da produção.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Depois do Shopping

O projeto do filme DIA DE PRETO começou há pouco mais de dez anos, quando os colegas de UFRJ Marcos Felipe, Daniel Mattos e Marcial Renato (foto acima), empolgados com o término das filmagens do primeiro curta-metragem dirigido por Marcos e Daniel, e acreditando na viabilidade de financiar uma obra de longa-metragem através das leis de incentivo criadas em meados da década de 90, resolveram abrir uma empresa produtora. Assim, em 1999, nascia a DEMIAN.

Em junho de 2000, a produtora aprovou no Ministério da Cultura o projeto de longa-metragem “Depois do Shopping”, uma comédia de aventuras inteiramente ambientada em um shopping center (logomarca acima). A ideia, então, era produzir um filme de baixo orçamento voltado para o público adolescente. Os realizadores começaram a bater na porta de empresas e inscrever o projeto em editais de incentivo, em busca de patrocinadores.

Embora o projeto contasse com um desenho de produção desenvolvido e o interesse do ator Danton Mello (posando na foto ao lado com os Diretores Daniel Mattos, Marcial Renato e Marcos Felipe – sentado - e a Diretora de Arte Karin Kulnig, no ano 2000), foram mais de três anos de tentativas infrutíferas de captação de recursos. Em 2004, os realizadores desistiram do modelo de financiamento público para o longa e lançaram o curta-metragem “O Bolo e o Queijo”, que foi exibido em mais de 30 festivais no Brasil e no exterior, ganhando vários prêmios.

Em 2005, com o apoio do RIOSHOPPING e da empresa RICA ALIMENTOS, o projeto reformulado daria uma guinada decisiva, com um modelo de produção baseado exclusivamente no investimento privado. Começava a nascer o DIA DE PRETO.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Davi contra Golias, de kart

Cenas de ação quase sempre são tensas e vibrantes. Quando a ação envolve uma perseguição automobilística, a adrenalina costuma aumentar ainda mais no frenesi das arrancadas, freadas e acidentes espetaculares. No filme DIA DE PRETO, a ação está presente numa improvável caçada ao personagem do ator Marcelo Batista, pilotando um pequeno kart (foto acima) para escapar da enorme picape conduzida pelos vilões do filme.

Seguindo a cartilha dos filmes de ação, não poderia faltar na cena uma batida. Em determinado momento da perseguição, a picape se choca contra uma pilha de caixas de brinquedo, que explodem numa chuva de papelão e isopor (foto ao lado). Para compor a cenografia, foram produzidas dezenas de caixas repletas de flocos de isopor, de forma a aumentar o impacto visual da colisão. Na foto abaixo, o Assistente de Direção Leandro Baseggio posa com uma delas, um pouco antes de serem destruídas.


No comando do kart, Marcelo Batista (foto) dispensou o dublê oferecido pela equipe do RIOSHOPPING KART INDOOR e mostrou muita coragem na sucessão de manobras arriscadas que incluíram um “tour” arrojado pelos corredores do shopping. Pilotando a picape, os dublês Marcos Valverde, Marcel Passos e o Diretor Marcos Felipe não ficaram atrás, conduzindo o pesado veículo com o arrojo necessário para garantir a emoção da cena. E o resultado desse trabalho você vai conferir nos cinemas, numa cena de tirar o fôlego.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Água morna (?) e pétalas de rosa

Numa das cenas do filme DIA DE PRETO, o personagem de Marcelo Batista entra literalmente “pelo cano”, mas acaba caindo numa confortável banheira ofurô (foto) e aproveita para relaxar um pouco da perseguição implacável promovida por seus inimigos. A gravação foi realizada no Centro de Estética Tartari Coiffeur, uma das empresas que apoiaram a produção do filme.

No início da filmagem, com a água do ofurô ainda quentinha e aromatizada com pétalas de rosas, Marcelo aproveitou para se divertir tanto quanto seu personagem, e ainda tirar onda com a equipe... Com o passar das horas, no entanto, madrugada de inverno, a água foi esfriando e logo a diversão se transformou numa verdadeira prova de resistência para o ator, observado na foto acima pelo Diretor de Fotografia Gustavo Nasr.

Numa parte da cena, Marcelo precisava sair da banheira com a roupa encharcada, caminhando pelo Centro de Estética até encontrar uma das grandes surpresas do filme. Nessa hora, só quem se divertiu foi a equipe técnica, como o Eletricista Wilson e o Diretor de Arte e Cenógrafo Claudão (foto acima), que aproveitou para fotografar a cena enquanto Marcelo tentava encarar o frio causado pela roupa molhada.

domingo, 19 de junho de 2011

Quatro dias no banheiro

As primeiras cenas do filme DIA DE PRETO foram realizadas em quatro madrugadas passadas num banheiro do RIOSHOPPING. Interditado pela administração especialmente para a produção, o espaço foi tomado, durante dois finais de semana, por refletores, traquitanas e toda a trupe do filme, cheia de gás para o início dos trabalhos. Na foto acima, os Diretores Marcos Felipe e Daniel Mattos orientam Marcelo Batista, único integrante do elenco a participar da cena.


O desenho de produção da primeira fase consistia em programar os dias de gravação apenas nas madrugadas dos finais de semana e feriados, de forma a conciliar a agenda do elenco e equipe técnica à operação cotidiana do shopping. Dessa forma, Marcelo Batista teve de manter por cerca de um ano e meio o mesmo penteado e a barba por fazer do personagem, realizada pela Caracterizadora Kris Kulnig (foto acima).


Na foto ao lado, o Diretor de Fotografia Gustavo Nasr posiciona a câmera no tripé em cima da bancada do banheiro, orientado pelo Diretor Daniel Mattos. Nessa linha de partida, foi deste último a tirada que provocou reações bem diversas na equipe, ao misturar sarcasmo, esperança e bom humor. Diante do caderno da decupagem completa do filme, composta por cerca de mil planos, Daniel não hesitou em lançar o desafio, após a finalização do primeiro plano: “Beleza, gente. Agora só faltam 999”.