DIA DE PRETO conta com um modelo de negócios inovador, elaborado pelos realizadores do filme ao longo de uma década de trabalho. Sem conseguir acesso às fontes tradicionais de financiamento público, a produção se valeu do apoio de empresas como o RIOSHOPPING, a RICA ALIMENTOS e a MATTEDI, que forneceu equipamentos cinematográficos como o Tedicam, utilizado em quase todas as cenas do filme, na foto acima. Empresas que acreditaram no projeto, como a maioria dos lojistas do próprio shopping.
A maior parte da equipe e do elenco também aposta no sucesso da empreitada, e todos são parceiros nos resultados comerciais do projeto. Na foto ao lado, os Diretores Daniel Mattos e Marcos Felipe observam o monitor ligado à câmera, junto à Diretora de Arte e Figurinista Karin Kulnig. Com um orçamento enxuto, especialmente desenhado para a recuperação do investimento, a produção tenta apontar um caminho racional para o desenvolvimento de um modelo de negócios autossustentável no mercado audiovisual brasileiro, infelizmente marcado por orçamentos inflados que geralmente resultam em números modestos de público e renda.
Para viabilizar a empreitada, o desenho de produção previa uma fase de pré-produção muito detalhada, com decupagem completa realizada através de storyboard ou “monstro” (uma espécie de rascunho do filme, feita com câmeras amadoras e a própria equipe como “elenco”), que levou cerca de um ano de trabalho no próprio shopping. A montagem acima apresenta algumas das centenas de fotos tiradas nessa fase, que serviram para que os autores-realizadores pudessem adaptar o roteiro do filme à locação, e não o contrário. Com isso, foram diminuídos os custos na fase de produção propriamente dita, quando o “taxímetro” está ligado em diárias de transporte, alimentação e comunicação de uma equipe inteira.
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